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sexta-feira, maio 13, 2005

Nada é de ninguém, mas precisa ser de alguém

Ela apenas sorriu e disse que tinha sono. Eu não queria vê-la dormir, mas fiquei calado. Nenhum sorriso. Só silêncio. Tentei convence-la com o meu olhar. Mas já não lembrava do que estava tentando convence-la. Então calei o meu olhar também... Pensei:
“Deixa pra lá. Ela jamais será minha”.

“Aqueles olhos verdes não são seus, e nem hão de ser, ouviu bem? E não são seus porque são dela, oras!” – disse o homem alto do meu lado.
E nem que eu implore um abraço qualquer. Nem que eu amarre seu corpo na árvore mais truculenta... Pensei:
“Deixa pra lá. Ela jamais será minha”.

Eu sei que ali dentro existem turbilhões de pensamentos. Existem desejos secretos. Existe saudade também. Saudade até do que não tem. Saudade até de mim. Mas não é sempre, não. Eu não passo de um qualquer. E o pior é que sei disso... Pensei:
“Deixa pra lá. Ela jamais será minha”.

Eu tive medo, sabia? Me senti o mais só dos seres. Foi quando gostei de me sentir só. Não havia mais ninguém pra chatear-me. Eu estava só, mas estava livre. Eu quase voltei praquele dia. Eu quase fui a sua procura, mas fiquei estagnado, com um sorriso bobo na cara. Ajoelhei-me diante de um quadro qualquer... Pensei:
“Deixa pra lá. Ela jamais será minha”.

Então ela chegou, olhou-me bem nos olhos, sorriu-me contente, abraçou-me carinhosamente e, então, foi minha. Eu fui dela. Ela foi dela. Eu fui meu. Fomos dos outros e de nós mesmos. Fomos do pão, do chão e da paixão.
E não deixamos pra lá, não. Jamais seríamos somente de nós mesmos.

Depois ela apenas sorriu e disse que tinha sono. Eu não queria vê-la dormir, mas fiquei calado. Nenhum sorriso. Só silêncio. Tentei convence-la com o meu olhar. Mas já não lembrava do que estava tentando convence-la. Então calei o meu olhar também. Pensei:
“Deixa pra lá. Ela não precisa ser minha pra ser minha”.