<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d7857209\x26blogName\x3dCalatemundo!\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dSILVER\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://calatemundo.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://calatemundo.blogspot.com/\x26vt\x3d-7277673412829274185', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

segunda-feira, dezembro 20, 2004

O Fabinho e a Vida

O Fabinho era um terror. Era até um garoto bonito, as meninas o paqueravam, mas só até conhecê-lo melhor. Era uma peste. Seu apelido na escola era “Fabinho Furacão”, mas não foram os amigos que o apelidaram assim... foram os professores.
Na reunião de professores ele era o assunto mais comentado:
- O que o Furacão aprontou desta vez?
- Nessa semana até que ele estava light, só me xingou de vagabunda, jogou o estojo da Martinha no vaso sanitário e deu descarga e grudou chiclete na cabeça da Carol.
- Esse Fabinho é fogo!
Os professores riam, já estavam acostumados.
Mas quando ele passava dos limites a diretora convocava a sua mãe para reunião.
- Manheeeê, a diretora mandou um bilhete pra senhora.
- O que você fez dessa vez Fábio Augusto?!?!
Sua mãe o chamava de Fábio Augusto quando ficava aborrecida. Ele nem ligava.

No outro dia, na sala da diretora:
- Assim não dá Dona Rita, ele jogou Coca-cola na cara da Samanta.As mães já fizeram até um abaixo assinado para que eu o expulse do colégio.
- Ai Dona diretora! Não faça isso por favor. Entenda, ele é filho único e...
- Dessa vez passa, mas da próxima...
- Eu juro que o Fabinho vai se comportar.

No caminho pra casa, como de costume, a mãe passou na igreja pra rezar pelo Fabinho, só que nesse dia algo estranho aconteceu.
Lá estava ela:
- Ai meu bom deus!!! Eu não sei mais o que fazer com esse menino, ele está cada dia pior.
Foi quando surgiu uma voz do além:
- Não se preocupe minha filha, a vida cuidará dele.

Assim os dias se passaram, Fabinho já era um rapaz e estava se tornando um delinqüente: pichava os muros, quebrava as vidraças, tocava as campainhas de madrugada... Os vizinhos todos indo embora do bairro (Não agüentavam mais o Fabinho) e a Dona Rita sempre ouvindo a mesma coisa na igreja:
- Não se preocupe minha filha, a vida cuidará dele.

Sua mãe já tinha até desistido, nem na igreja ia mais, achava que deus era um impostor. Até que um dia, uma garota mudou no final da rua. Era morena, cabelos longos e tinha um andar que encantava a todos, até os mais velhos reparavam:
- Pensa que eu não vi Nestor, olhando pra menininha, que coisa feia!!! Ela tem idade pra ser sua filha.
- Que isso ó Ruth! Eu estava olhando pro cachorro fazendo xixi.
- Sei, sei.

Um dia o Fabinho tomou coragem:
- Oi morena! Te achei mól gatinha. Como você chama?
- Eu me chamo Vida e você?
- Fábio Augusto, mas pode me chamar de Fabinho.
Começaram a namorar e o Fabinho se aquietou.
Começou a trabalhar e a levar os estudos mais a sério.
Estava apaixonado, comia na palma da mão daVida.