<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d7857209\x26blogName\x3dCalatemundo!\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dSILVER\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://calatemundo.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://calatemundo.blogspot.com/\x26vt\x3d-7277673412829274185', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

quinta-feira, junho 30, 2005

Capítulo III - Do engajamento político

ANTES:
De certo, havia uma coisa mágica antes. Desde a Coluna Prestes e Getúlio Vargas até as "Diretas Já", sem esquecer da Ditadura Militar. Tudo era velado, não existia informação. A maioria do povo nem sabia o que estava acontecendo no país. No mundo todo havia jovens nas ruas, dedicando suas vidas pela democracia.
Havia um certo glamour em dedicar a própria vida em pról do país. Muitos morreram, muitos sobreviveram.

DEPOIS:
Somos uma geração sem ideais. E isso é ótimo!
Somos da geração que discute política sim, mas na mesa de um boteco, tomando uma gelada.
Não defendemos cegamente nenhuma idéia. "Eu é que não vou levar borrachada de gambé por causa perdida". Isso mesmo, somos da "Geração causa perdida", e sabemos disso. Uma geração que sabe que bater de frente com a corrupção é a mesma coisa que dar murro em ponta de faca.
Enfim, somos da geração que sabe que os jovens idealistas de ontem, são a turma do "mensalão" de hoje.

* Proibir um cidadão de votar é tão violento quanto obrigá-lo.

Não perca o próximo capítulo: "Das considerações finais"

segunda-feira, junho 27, 2005

Capítulo II - Das atividades culturais

ANTES:
Foi, sem dúvida, uma época marcada por grandes acontecimentos culturais: Surgiu Adoniram Barbosa, Cartola, Noel Rosa (samba de verdade); Lá na gringa surgiu Elvis, depois Beatles, Pink Floyd etc. Também havia Chico, Caetano, Gil e Vandré (driblando a ditadura).
Os escritores de outrora são nossos deuses atuais. E tinha o Hitchcock também.
Enfim, quase tudo aconteceu na época dos saudosistas.
Até hoje não entendo porque elegeram Roberto Carlos como "Rei", ao invés de Chico Buarque.

DEPOIS:
Tudo o que surgiu há tempos atrás está disponível em DVD, MP3, canais de TV à cabo etc.
Com alguns cliques em nossos ratos, podemos baixar milhares de músicas e vídeos. Depois usamos nossos copiadores de CDs e DVDs, e podemos usufruir em nossos carros e salas de estar.
Além de todos os artistas de décadas passadas, tá surgindo muita coisa boa por aí.
Meu pai nunca ouviu falar em Franz Ferdnand ou Cordel do Fogo Encantado, e não sabe o que está perdendo!!!

Não perca o próximo capítulo: "Do engajamento político".

quinta-feira, junho 23, 2005

Antes e Depois

Cansado de ouvir os coroas dizendo que viveram na melhor época, resolvi fazer o "EAD". Não, não tem nada a ver com a Escola de Artes Dramáticas, EAD significa: "Estatuto do Antes e Depois".

Capítulo I - Das relações afetivas.

ANTES:
Namoro era no sofá, com a supervisão do velho. Beijo na boca era ousadia. Sexo só depois do casamento. Uma mulher decente jamais saberia se o marido é bom ou ruim de cama, simplesmente porque não havia com quem comparar. A mulher deveria ser pura, senão corria o risco de ser devolvida para o pai após o casamento.
Os homossexuais corriam o risco de apanhar em praça pública.

DEPOIS:
O namoro se passa em qualquer lugar escuro, para que as mãos possam passear a vontade. Beijo na boca é pouco. Sexo antes dos 15, que é pra ter tempo de escolher alguém bacana pra se viver. Casamento? Só depois dos 30, e olhe lá. Mulher pura? Tô fora, é muita dor de cabeça.
Os homossexuais reúnem milhões de pessoas em praça pública.

Não perca o próximo capítulo: "Das atividades culturais".

segunda-feira, junho 20, 2005

Tem dias que a noite é foda!

Pois é, ontem eu fiquei 4 horas de pé, andando de um lado para o outro, vestido de caipira, entretendo a velharada que jogava bingo no SESC (Sim, porque os jovens, que giravam mais que peão ao som de forró universitário, não davam a mínima para nossa existência). E tudo isso por míseros 35 pilas. Tudo pela arte.
Saí de lá cansadíssimo, sonhando com aquela pizza portuguesa, com borda de presunto e mussarela salpicada com gergelim. Faria uma estripulia, gastaria 25 pilas pela pizza. Mas quando abri minha carteira pra saber se tinha 70 ou 80 Reais, descobri que não tinha porra nenhuma. Fui afanado. Enquanto eu tratava de entreter a velharada, alguém entrou na sala onde as coisas estavam e levou tudo. Tive que me contentar com o bom e velho miojão.

Mas, em meio ao caos, uma notícia agradável: a Fabíola Cunha, vulgo "Birla", aquela que vive escrevendo aqui, finalmente se rendeu e adentrou à Blogosfera. E foi com o pé, ou melhor, com o All Star preto direito.
Confira aqui.

quinta-feira, junho 16, 2005

Clóvis Camargo em: "A neta da vizinha da direita"

A neta da vizinha da direita era um espetáculo. Toda quarta-feira passava em frente a loja de aviamentos, onde o Clóvis trabalhava, e entrava pra almoçar na casa da avó.

No verão, a neta da vizinha da direita usava aquela saia curtinha, rodadinha, pela qual o Clóvis suspirava:

- Ai meu Deus! Isso já é tortura, é demais pra minha cabeça!

Qual não foi a surpresa do Clóvis quando, numa tarde de chuva, a neta da vizinha da direita entrou na loja, com os cabelos molhados, o que a tornava insuportavelmente bela, e com a voz mais doce de todas as vozes doces que o Clóvis já ouviu, pediu:

- Você tem algum cordãozinho pra que eu possa fazer uma pulseirinha?

E, pra delírio do Clóvis, ela falava no diminutivo. Então se pôs a procurar alguma coisa que servisse para ela fazer a tal pulseira. Não encontrou nada. E com todas as mercadorias possíveis em cima do balcão, decretou:

- Vou ficar devendo. Mas posso tentar achar alguma coisa e depois te aviso.

- Então tá, qualquer coisa eu sou neta da Dona Dirce, a vizinha da direita.

- Ah sim, se eu encontrar alguma coisa, aviso.

- Obrigada. Desculpe atrapalhar.

Mesmo o sorriso desapontado da neta da vizinha da direita era absurdamente belo. Isso fez com que o Clóvis gastasse todo o ordenado numa pulseira lindíssima, de ouro branco. Quando a viu, correu para entregar a pulseira. Ao vê-lo, a neta da vizinha da direita perguntou:

- Você achou o cordãozinho?

- O cordãozinho não, mas achei essa pulseira que é a tua cara.

E ao abrir o embrulho, sorriu o sorriso mais fascinante que o Clóvis já presenciou:

- Nossa, que pulseira linda! Quanto eu te devo, moço?

- Não é nada. Esse teu sorriso já pagou – respondeu, metido a galanteador.

- Eu faço questão – disse a neta da vizinha da direita, antes de tascar-lhe um beijo na boca.

Como era a última semana de aula, a neta da vizinha da direita ficou três meses sem passar em frente a loja. O Clóvis ficou contando os dias para as férias terminarem e ele poder rever a sua musa. E quando as férias acabaram, a neta da vizinha da direita voltou a passar em frente a loja: com a pulseira de ouro branco num braço, e o novo namorado no outro.

segunda-feira, junho 13, 2005

Eu, a vizinha bonita e o homem das mãos.

Nove da manhã:

Isso são horas?

Você chega com essa moto podre e esse topete horroroso, encosta a vizinha bonita na parede e fica exibindo a tua sorte, em plena luz do dia.

Quantas mãos você tem, seu filho da puta?

Será que dá pro senhor fazer a gentileza de tirar a mão da bunda dela? Porque eu fico aqui dando duro o dia inteiro e você nessas de ostentar a vizinha bonita. Eu meto uma bala na tua cabeça qualquer hora. E levo a vizinha bonita comigo. Na garupa da tua moto, entendeste?

Onze e quarenta e cinco da manhã:

E ainda tem a pachorra de sair acelerando essa porcaria, pra que eu perca o trecho mais bacana da música que mais gosto (minha única distração nessa rotina filha de uma puta).

Tomara que você seja atropelado por um caminhão assim que virar a esquina. Isso me pouparia todo o trabalho de arranjar um berro, enfiar uma bala na tua cabeça e fugir pra algum lugar do Mato Grasso.

Até porque eu ando sem tempo pra te matar, sabe? O trabalho e a faculdade tão me deixando maluco.

Uma e quinze da tarde:

- Pai, cê viu o tumulto que tá na avenida?

- É, parece que um caminhão atropelou um cara de moto. Acho que o sujeito já era.

Dia seguinte, às nove em ponto.

Vou até a porta e lá está você, com essa moto podre e as suas oitocentos e quarenta e sete mãos pra cima da vizinha bonita.

Tomara que caia um raio na tua cabeça. Isso me pouparia o trabalho de arranjar um berro, enfiar uma bala na tua cabeça e fugir pra algum lugar do Mato Grosso.

Até porque eu ando sem tempo pra te matar, sabe? O trabalho e a faculdade tão me deixando maluco.

E olha que o tempo tá fechando, hein!!!

quinta-feira, junho 09, 2005

Dona Maria

Texto de: Fabíola Cunha

Dona Maria se matou nessa madrugada. Cortou os pulsos com uma faca de cozinha. Em uma cidade como aquela, o suicídio é algo que leva todos às janelas e quintais, pra espiar o corpo da morta ser retirado da casa. Numa cidade como aquela, suicídio também é coisa de gente louca e perdida.

Em uma cidade como aquela, todos vão ao velório pra saber mais detalhes do porquê do corpo no caixão. Se não tivesse se matado, ninguém se lembraria da Dona Maria.

Ela foi faxineira lá em casa por 10 anos. Uma mulher negra gorducha, de sorriso grande: muito de Tia Anastácia. Eu nem lembrava mais dela, a velha Dona Maria não trabalhava mais como faxineira lá em casa, mas agora que ela cortou os pulsos eu me lembro muito bem. Acordava de manhã e lá estava ela na garagem, lavando o chão como uma vassourinha e com aquele lenço florido na cabeça.

"Bom dia Dona Maria!"

"Bom dia Fabíola, que calor, né?" E ria, ria bastante.

Minha mãe conversava com ela sobre coisas que eu não me lembro e ela conversava comigo sobre coisas que me lembro menos ainda.

Hoje minha mãe ligou pra contar que a Dona Maria estava morta. "Suicidou-se!". E Dona Olga, minha mãe, já fez suas rocambolescas associações: Dona Maria gostava de feitiço, brigava com o marido e os filhos só davam desgosto. Suicidou-se então.

Naquela cidade todo mundo fala dos suicidas com a voz baixa, como se alguém não aprovasse a lembrança. Meu tio avô se matou com um tiro no ouvido, o tio da minha amiga disparou contra a cabeça e o irmão do meu professor atirou no céu da boca.

De todos eles só se diz que "Foi uma tristeza, que judiação!". A Dona Maria, coitada, entrou pra coleção.

24/05/05

segunda-feira, junho 06, 2005

O Oriente é aqui

Olha pra mim.
O que você vê?
Mas olhe sem dó.
Eu também sou você.

Eu vivo assustado,
Você não se importa
Aqui ninguém chora,
Apenas implora.


Que barulho é esse?
Será que eles voltaram?
Eu vou correr pra me esconder.


Quer que eu faça uma pose
Pro rapaz da imprensa?
Mas sem sorriso na cara
Que isso é quase uma ofensa.


Eu quero ter seu tamanho.
E um rifle igualzinho ao teu.
Mas eu nasci desse lado,
Eu nasci longe de Deus.


Que silêncio é esse?
Será que eles já foram?
Não quero ver o flash bater.


OBS: Depois de alguns anos, eu volto a mostrar alguma preocupação com as coisas do mundo em minhas composições.

OBS2: Os comentários voltaram outra vez.

quinta-feira, junho 02, 2005

Clóvis Camargo em: "Eu quero o meu quinhão"

Queria ser famoso o Clóvis. Era capaz de tudo para alcançar o estrelato.

Tentou o futebol, mas era perna-de-pau. Tentou o teatro, mas não era expressivo. Tentou ser modelo, mas não era fotogênico. Tentou o humor, mas era sem graça. Só levava jeito pra uma coisa: Matemática, mas não conhecia nenhum matemático famoso, e não desistiria tão fácil assim.

Tudo mudou quando o Clóvis descobriu o Big Brother. Parecia perfeito, não precisava ter talento algum, só precisava estar dentro daquela casa. E lá se foi o Clóvis enviar a sua fita de inscrição, mas nada feito. Chegou a próxima edição do programa, nada feito outra vez.

Foi quando teve a brilhante idéia, e no momento em que o vencedor do programa saiu da casa, com milhões de pessoas assistindo o programa ao vivo, o Clóvis arrancou a roupa, pulou da arquibancada, correu em direção à câmera e levantou a cartolina com os seguintes dizeres:
“EU QUERO SER FAMOSO”.

Foi um escândalo. Todos os programas de fofoca destacaram a ousadia do Clóvis. Evidente que o Clóvis foi preso, mas passava os dias a sonhar no xilindró. Era um homem famoso agora. Porém, uma semana depois, quando o tio Alfredo pagou a fiança, ninguém mais lembrava do ocorrido. Não tinha nenhum repórter na porta da delegacia. Acontece que um americano maluco resolveu jogar o avião na Casa Branca e terminar o serviço que o Osama começou.
Morreram 267 pessoas no desastre, inclusive o presidente.

Quando o Clóvis passou numa banca de jornal e soube do ocorrido, ficou desolado. Não podia acreditar no azar que tivera. Ficou esperando o telefone tocar e nada.

Quando menos esperava, chegou a sua chance: a Rede Globo resolvera premiar a sua ousadia com um convite para a próxima edição do Big Brother. Era a sua grande chance.

Mas o azar lhe bateu à porta mais uma vez e ele foi eliminado na primeira semana do programa. O povo resolveu lhe castigar pela cena patética que foram obrigados a assistir no ano anterior.

Mas como Clóvis é brasileiro e não desiste nem a pau, finalmente encontrou a receita do sucesso: uma banda de rock. Era perfeito: só precisava aprender alguns acordes, criar um estilo e falar mal de todo mundo.

E não é que deu certo? Em pouco tempo “Os Nababescos” estouraram nas paradas de sucesso e o Clóvis teve tudo o que sempre sonhou: mulheres, carrões, badalação e muita fama.

Entretanto, dois anos depois, o Clóvis saiu da banda e se mudou para o Pantanal.

Foi viver da pesca. Cansara-se do sucesso.

________________________________________________

Que bom filme é você?
Clique aqui e descubra

Eu sou:


Resultado: Você é "Imensidão Azul" de Luc Besson.
Você é sonhador, único. Muito sublime e encantador(a).

Bom, que eu era tudo isso eu já sabia.
Agora só falta assistir ao filme.